No último fim de semana, indígenas das aldeias Bragança e Marituba da nação Munduruku, localizadas no município de Belterra, oeste do Pará, assistiram pela primeira vez à exibição de filmes através do projeto 'Cine Energia'. A iniciativa é da undação Cultural do Pará, por meio da Lei Semear, com patrocínio da Concessionária Equatorial Energia.
O cinema itinerante está percorrendo doze municípios do Baixo Amazonas. Os filmes que fazem parte do circuito são essencialmente educativos, nacionais e com temáticas diversas, direcionadas à todas faixas etárias.
“Em alguns lugares em que vamos ancorar, vamos atender comunidades ribeirinhas isoladas, como aldeias indígenas e populações quilombolas, que jamais tiveram acesso ao cinema. E a ideia é utilizar o cinema como ferramenta de articulação, de entretenimento e de transmissão de conhecimento, provocando reflexões e enriquecendo o repertório cultural dessas comunidades”, afirma o coordenador do projeto, André Monteiro.
Antes da exibição dos filmes, os arte-educadores Carlos Eduardo Hryhorckzuk, licenciado em Artes Cênicas pela Universidade do Rio de Janeiro – Uni-Rio (2006) e formado pela Escola Nacional de Circo, e Nascimento Alves da Silva apresentaram espetáculos circenses e realizaram oficinas de formação de artista circense com a participação de 20 indígenas.
Com cerca de 450 indígenas, as aldeias Bragança e Marituba puderam assistir a filmes com temáticas ambientais e educativos. Para o cacique Rosivan Rocha Farias , o 'Cine Energia' trouxe diversão e conhecimento.
“Foi muito importante porque trouxe lazer e informação. Essa foi a primeira vez que os nossos indígenas assistiram a filmes e foi muito valioso esse projeto porque a gente aprende e vocês aprendem mais sobre a nossa cultura. E nós tivemos esse privilégio de ter esse projeto nas nossas aldeias”.
O projeto exibirá os filmes e realizará as oficinas de formação de artistas circenses em Alter do Chão, em Santarém, neste final de semana.
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