Um grupo de cerca de dez policiais militares do DF foram filmados neste domingo (8), conversando com bolsonaristas e registrando imagens da invasão ao Congresso Nacional em seus celulares, claramente despreocupados em conter a hora terrorista que cometia crimes contra o Estado brasileiro. Enquanto radicais subiam a rampa e depredavam o prédio, os policiais aguardavam tranquilamente ao lado de viaturas, sem nenhuma ação para conter a ação extremista.
Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não tiveram problemas para furar uma frágil barreira de proteção colocada pelas forças de segurança do DF e da Força Nacional e entraram no Congresso Nacional, no Supremo Tribunal Federal e no Palácio do Planalto por não aceitarem a vitória do presidente Lula (PT). Eles invadiram os prédios e promoveram quebradeira e depredação de patrimônio público sem serem importunados pelas forças policiais.
O secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, que é ex-ministro da Justiça de Bolsonaro, afirmou que determinou “ao setor de operações da SSPDF providências imediatas para o restabelecimento da ordem”. Ele se manifestou dos Estados Unidos, para onde viajou – segundo reportagem do g1 – no fim de semana, apesar de que o movimento terrorista de hoje vinha sendo anunciado há dias.
Apoiadores de Bolsonaro admitiram que contavam com a condescendência de policiais militares nos atos de terrorismo planejados em Brasília. “Eles não falam abertamente, mas acenam positivamente com a cabeça”, disse um bolsonarista à reportagem da CartaCapital.
A estratégia para chegar à Esplanada consistia em aglomerar o maior número de pessoas no local para só então iniciar a invasão. “Trouxe máscara e proteção para balas de borracha”, confessou um militante ao mesmo portal.