A Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (18), mais um reajuste no preço dos combustíveis nas refinarias. A partir da sexta-feira (19), o valor médio do litro da gasolina será de R$ 2,48, alta de 10,2%, após reajuste de R$ 0,23. O preço médio do diesel será de R$ 2,58, depois de aumento de R$ 0,34 por litro, uma elevação de 15%.
A sequência de altas acompanha a recuperação das cotações internacionais do petróleo e motiva embate entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e governadores sobre as responsabilidades pelos altos preços dos combustíveis.
Desde janeiro, o preço da gasolina vendida pela Petrobras acumula alta de 34,7%. O diesel subiu 27,7% no mesmo período. Nas bombas, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), os repasses elevaram o preço da gasolina em 6,8% e o do diesel, em 4,6%.
Para analistas, mesmo com os elevados reajustes anunciados nesta quinta, ainda há espaço para novos aumentos nos preços internos dos combustíveis. A Ativa Investimentos, por exemplo, diz que seu "melhor modelo" aponta para alta de mais 5%.
"O preço da gasolina internacional segue sendo pressionado pelo preço do petróleo", diz Guilherme Sousa, economista da Ativa Investimentos. O economista ressalta ainda que a Petrobras pode não aumentar imediatamente os 5% que ainda faltam, mas que ainda há potencial para isso no curto prazo.
O petróleo virou o ano em alta, diante de expectativas sobre a retomada da economia global com o avanço da vacinação contra a Covid-19. Nos últimos dias, as cotações vêm sendo pressionadas pela onda de frio no Texas, nos Estados Unidos, que paralisou parte da produção local de petróleo e combustíveis.
Em nota, a Petrobras disse que "o alinhamento dos preços ao mercado internacional é fundamental para garantir que o mercado brasileiro siga sendo suprido sem riscos de desabastecimento pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras".
"Este mesmo equilíbrio competitivo é responsável pelas reduções de preços quando a oferta cresce no mercado internacional, como ocorrido ao longo de 2020", completou a empresa.
No texto, a estatal reforça que o preço de refinaria representa apenas uma parcela do valor pago pelo consumidor na bomba. "Até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis".
A Petrobras fica, em média, com 33% do preço final da gasolina e com 51% do preço final do diesel. Os impostos estaduais correspondem a 28% e 14%, respectivamente.
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